quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Dos 13 aos 18 anos...

Minha vida continuou normal, com meus desejos incontidos de ser mulher. Ficava horas vendo modelos em revistas e roupas em vitrines, desejando tudo aquilo para mim. O desejo sexual começou a ficar confuso, pois ao mesmo tempo em que desejava os homens, tambés sentia atração por mulheres. Minha adolescência foi um tormento, entre ceder aos apelos dos hormônios masculinos que afloravam e da sociedade, que me empurravam para ter uma namorada e os meus próprios desejos de ser mulher, feminina e ter um namorado.
Minha situação era pior ainda por causa da minha criação evangélica, onde a cobrança e a condenação desses atos tidos como pecado mexeram com minha cabeça e me direcionaram para um futuro não desejado.
Aos 15 anos acabei iniciando um romance com uma garota, mais velha do que eu e nessa época também comecei a trabalhar. O redemoinho de decisões e cobranças acabou me engolindo e, apesar de continuar com meus desejos secretos, relações sexuais com homens e transformações em mulher, com roupas e acessórios acabei por estreitar mais ainda meus laços emocionais com a namorada. O mêdo de ser flagrada era enorme, mas não podia me conter.
Isso me deixou muito abatida, pois apesar de saber que não era isso que eu queria para mim me deixei levar e o sonho tornou-se ainda mais distante.
Nessa época ia varias vezes para a calçada fazer trottoir junto com travestis durante uma noite, tal era minha ousadia e desejo. E quando não conseguia, saia com algum travesti para ser passiva com ele. Assim eu satisfazia palidamente meus desejos secretos.

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