sexta-feira, 16 de julho de 2010

Atualizando....

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quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Desde Janeiro de 2006 até hoje...

No passado, esporadicamente, sempre tomei algumas injeções de Perlutan, mas quando os efeitos feminizantes começavam a aparecer, suspendia o tratamento. Tudo era feito empiricamente, sem orientações médicas ou de informações científicas sérias.
Mas quando 2006 começou, tomei a decisão de me hormonizar, custasse o que custasse, ainda que minha idade dificultasse as coisas. Acredito que somente decisões de verdade e planejamento podem nos levar ao sucesso e baseada nisso busquei toda informação possível em livros, sites médicos, siter trans, etc. o que me orientou a fazer uma TRH segura.
Comecei no dia 19/9 o tratamento, utilizando anti-andrógenos (Aldactone) para diminuir as caracteristicas masculinas e estradiol (Cicloprimogyna e Perlutan) pra fazer surgir as femininas.
Gradualmente fui aumentando as dosagens que hoje estão em 150mg de Aldactone, 6mg de Cicloprimoqyna, diários e uma aplicação de perlutan ao mês.
Paralelamente fiz uma dieta que me levou dos 75Kg aos meus atuais 63Kg.
Meu desenvolvimento tem sido muito lento e gradual. Os seios estão bastante salientes (tamanho 40), a redistribuição de gordura se nota muito pequena, a pele está bem mais clara e macia e as emoçoes muito afloradas.
Todas essas mudanças foram notadas por pessoas da minha convivência e se eram fáceis de esconder no início, hoje tem me dado um trabalho enorme.
Não sei ainda como vou fazer quando as mudanças aumentarem, mas estou desenvolvendo um plano de ação para isso pois quero sair do armário para poder viver este sonho, a tanto tempo desejado, nem que seja pelo restante da minha vida.

Dos 38 aos 45...

Consegui minha separação enfim, mas mal sabia que era uma farsa, criada por mim mesma, pois não durou 6 meses. Voltei para a relação com o rabo entre as pernas e humilhada.
Acontece que um fato impressionante, que não posso relatar aqui, que nada tem a ver com minha história transexual, foi preponderante no que aconteceu em seguida.
Retomei meus planos de separação, definitiva dessa vez, planejando cada detalhe, me preocupando com cada problema que poderia surgir, visualisando todas as situações possíveis e enfim o sucesso me sorriu... Me separei definitivamente!
O sabor da liberdade de ser e fazer o que quisermos é inebriante e, sem peso nenhum na consciência, em 2006 resolvi começar seriamente uma Terapia de Reposição Hormonal que me faria modificar o corpo totalmente masculinizado para outro com traços marcadamente femininos.

Dos 24 aos 38...

Nossa! quanto tempo... 15 anos se passaram e eu não mudei minha vida. Essa época foi marcada pelo empurrar com a barriga... parecia ter entrado num processo de catarse emocional. Deixei o tempo passar e não fiz nada além do que sempre fiz: relações com minha esposa, relações com homens, sempre travestida de mulher, comprar acessórios novos, etc.
Mas, em 1998 aconteceu um fato que me fez sair da hibernação: a internet!
Ao navegar, encontrei um site intitulado "O castelo de Priscila" que pertencia a uma crossdresser (aprendi esse novo termo ali) e me identifiquei imediatamente com todo aquele mundo. Pesquisando, cheguei ao site do Brazilian Crossdresser Club e, então pude sentir que não estava sozinha nesse mundo.
Comecei a desenvolver um site onde coloquei fotos e links para contato e foi através disso que retomei de novo meu caminho de tansformações.
Planejava me separar de minha esposa todos os dias, mas como isso não poderia acontecer de uma hora para outra (sempre fui medrosa e pensava primeiro nos outros e depois em mim) fui avançando no processo pouco a pouco até conseguir isso no ano seguinte.

Dos 21 aos 24...

Cada vez mais via meu sonho distante. Tive filhos no casamento, que aliás era mantido sempre custasse o que custasse. A reputação do casal sempre falou mais alto e eu, com os desejos ainda latentes, procurava avançar num processo sem objetivos e metas, comprando acessórios femininos de todos os tipos, mantendo-os escondidos e usando-os sempre que podia. Minhas relações com homens continuava concomitante com as relações com minha esposa, me fazendo auto-rotular finalmente como um bissexual.
Aos 24 anos tivemos que mudar bruscamente a vida mudando de residência para outro estado, fato que vi como positivo em meus desejos secretos de realizar aquele sonho antigo.

Dos 18 aos 21...

Essa época foi marcada pelo aparecimento da lindíssima Roberta Close, que se tornou meu ícone de exemplo. Tomei meu primeiro hormônio aos 18 anos. Era o Biofim e fui comprá-lo na farmácia morrendo de medo. Tomei a cartela toda, mas não dei continuidade. Minha barba era e sempre foi pouca e não atrapalhava minha performance secreta como mulher.
Entrei no funil do casamento e quando me dei conta, estava casada. Nossa, voltou tudo o que senti na adolescência, sentimentos de culpa, cobranças sociais e, covardemente, mais uma vez me rendi a eles.
Tenho verdadeira repulsa por essa época, quando poderia ter dado ouvidos a um travesti que se tornou confidente, que dizia: "Assuma de vez, vá para outra cidade, Londrina, por exemplo, pois lá será mais fácil você ter outra vida". Cheguei a pensar no assunto repetidas vezes, fazer planos, mas as imposições de minha cultura e educação falaram mais alto e desisti do assunto.

Dos 13 aos 18 anos...

Minha vida continuou normal, com meus desejos incontidos de ser mulher. Ficava horas vendo modelos em revistas e roupas em vitrines, desejando tudo aquilo para mim. O desejo sexual começou a ficar confuso, pois ao mesmo tempo em que desejava os homens, tambés sentia atração por mulheres. Minha adolescência foi um tormento, entre ceder aos apelos dos hormônios masculinos que afloravam e da sociedade, que me empurravam para ter uma namorada e os meus próprios desejos de ser mulher, feminina e ter um namorado.
Minha situação era pior ainda por causa da minha criação evangélica, onde a cobrança e a condenação desses atos tidos como pecado mexeram com minha cabeça e me direcionaram para um futuro não desejado.
Aos 15 anos acabei iniciando um romance com uma garota, mais velha do que eu e nessa época também comecei a trabalhar. O redemoinho de decisões e cobranças acabou me engolindo e, apesar de continuar com meus desejos secretos, relações sexuais com homens e transformações em mulher, com roupas e acessórios acabei por estreitar mais ainda meus laços emocionais com a namorada. O mêdo de ser flagrada era enorme, mas não podia me conter.
Isso me deixou muito abatida, pois apesar de saber que não era isso que eu queria para mim me deixei levar e o sonho tornou-se ainda mais distante.
Nessa época ia varias vezes para a calçada fazer trottoir junto com travestis durante uma noite, tal era minha ousadia e desejo. E quando não conseguia, saia com algum travesti para ser passiva com ele. Assim eu satisfazia palidamente meus desejos secretos.

Inicio... até os 13 anos

Desde os 9 anos, época mais antiga de minha vida que me é possível lembrar, meu comportamenteo social, na escola principalmente e com meus amigos de infância era de passividade. Não jogava futebol e era tida como mariquinha do grupo. já que ficava sempre de lado e eu gostava desse papel.
Mais ou menos lá pelos 11 anos resolvi, em um dia que fiquei só, vestir uma meia-calça de minha mãe. Nossa! que sensação boa... desfilei sozinha diante do espelho e, a partir desse momento minha vida mudou completamente. Ficava pensando no que eu era, se devia ter nascido mulher e se eu apenas era um "viadinho"... coisas da minha cabeça.
O fato é que não parei de desejar ter um corpo feminino, sonhava com uma cirurgia de troca de sexo e vagava meus pensamentos nesses sonhos.
Foi as 13 anos que aconteceu uma experiência inesquecível: Um empregado da loja do meu pai começou a me dar cantadas. No início fiquei assustada, mas aos poucos fui me interessando e notei que senti uma atração incontida pelo rapaz. Tantas foram as investidas que acabei cedendo e realizando minha primeira relação sexual da vida.
Naquele dia fui para casa muito nervosa e preocupada, mas no fundo me senti pela primeira vez mulher.